Fiagros atingem R$ 521,1 milhões em emissões em setembro
As emissões dos Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) alcançaram R$ 521,1 milhões em setembro, o segundo maior volume deste ano, segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante só perde para julho, quando as emissões atingiram R$ 652,6 milhões. No acumulado do ano, elas totalizam R$ 3,1 bilhões.
Os Fiagros-FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) lideraram as emissões em setembro, movimentando R$ 472,3 milhões, seguidos dos Fiagros-FII (Fundos Imobiliários), com R$ 48,8 milhões. Não houve emissões de Fiagros-FIP (Fundos de Investimento em Participações) no mês.
Os principais subscritores foram as pessoas físicas (53,8%) e, depois, os fundos de investimento (29,4%).
Captação
Em setembro, os Fiagros registraram entrada líquida de R$ 80 milhões, alta de 58,1% em relação a agosto, quando esse valor foi de R$ 50,6 milhões. Com isso, a captação líquida dos Fiagros segue positiva pelo oitavo mês no ano. O único período de 2024 em que os regastes superaram os aportes foi em julho, quando houve saída líquida de R$ 150,2 milhões.
O resultado de setembro foi puxado pela captação líquida positiva de R$ 41,4 milhões dos Fiagros Imobiliários (FII), enquanto os Fiagros-FIDC tiveram entradas líquidas de R$ 35,7 milhões e os Fiagros-FIP, R$ 2,9 milhões.
No acumulado de janeiro a setembro, os fundos do agronegócio totalizam captação líquida positiva de R$ 1,1 bilhão.
Patrimônio
O patrimônio líquido dos Fiagros atingiu R$ 40,5 bilhões em setembro, valor estável em comparação aos R$ 40,4 bilhões de agosto e os R$ 40 bilhões de julho. Os Fiagro-FIIs são os mais representativos, com 43,7% (R$ 17,7 bilhões) do total, pouco à frente dos Fiagros-FIP, com 42,2% (R$ 17,1 bilhões). Já a participação dos Fiagros-FIDC é menor, representando 14,1% (R$ 5,7 bilhões).
A indústria de Fiagros conta atualmente com 116 fundos e 865 mil contas.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.