Estrangeiros respondem por 72% do patrimônio dos FIPs no primeiro trimestre de 2024
Os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) encerraram o primeiro trimestre de 2024 com R$ 814,5 bilhões em patrimônio líquido, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais). A participação de investimentos de estrangeiros é majoritária, com esse público detendo uma fatia de R$ 584,7 bilhões do total do PL dos FIPs (71,7%), ante R$ 463 bilhões no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 26,3%.
Já o capital comprometido, montante total que os cotistas se comprometeram a investir de acordo com as regras estabelecidas nos regulamentos dos fundos, chegou a R$ 630,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O montante é 7,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, no total de R$ 585,5 bilhões.
“Os FIPs vêm ganhando espaço como uma opção interessante para quem quer diversificar seus investimentos e, ao mesmo tempo, contribuir com projetos que fomentam a economia real. Hoje, esse tipo de fundo é oferecido apenas para investidores qualificados ou profissionais, mas a CVM já estuda a possibilidade de ofertá-lo também para o varejo, o que, na nossa visão, traria benefícios para investidores e mercado”, afirma Sergio Cutolo, nosso diretor.
Nos primeiros três meses de 2024, os FIPs registraram R$ 10,83 bilhões em investimentos e R$ 8,12 bilhões em desinvestimentos. Ao todo, 456 empresas receberam recursos desses fundos no período, com a maior parte delas (143) atuando no setor de bens de capital. Os setores de energia e de serviços administrativos se destacam na sequência, figurando em segundo e terceiro lugares, com 138 e 63 empresas, respectivamente.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.