Economistas da ANBIMA projetam queda na Selic a partir de junho de 2023
A taxa de juros deve começar a cair a partir de junho de 2023, segundo o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Para os economistas que fazem parte do colegiado, o primeiro corte da Selic será de 0,50%, seguido de três reduções sucessivas de 0,75% em agosto, setembro e novembro, além de um corte adicional de 0,50% em dezembro, encerrando o ano com uma taxa de 10,50%.
Para a inflação, a projeção de 2022 foi revisada de 6%, apontada no relatório de setembro do grupo, para 5,5%. Também foi reduzida a estimativa para 2023, de 5,1% para 4,9%, acima da meta prevista de 3,25%.
Em relação à atividade econômica, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 subiu mais uma vez: de 2,70%, apontada no relatório anterior, para 2,80%. A melhora na percepção do crescimento doméstico também teve reflexos na estimativa para 2023, que foi revisada para cima, de 0,53% para 0,80%.
No cenário externo, os economistas ressaltaram a possibilidade de perda de dinamismo da economia global para 2023. Já a taxa de câmbio teve estimativa revisada para baixo, de R$ 5,25 para R$ 5,20, o que corresponde a uma valorização de 6,82% do real.
Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA
Sobre o Grupo Consultivo Macroeconômico
O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.