São Paulo, 2 de maio de 2023 – As debêntures indexadas à taxa diária DI cresceram 1% em abril. O IDA-DI, carteira da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que acompanha esses papéis, é também o índice com o maior retorno no ano: 4,8%. 

“Nos últimos meses, nossas carteiras vêm refletindo o humor dos investidores em relação à inflação e aos juros no Brasil e nos Estados Unidos. As dúvidas do mercado contribuem para um apetite maior por investimentos de curto prazo e indexados às taxas diárias, o que valoriza o IDA-DI, por exemplo”, comentou Marcelo Cidade, economista da Associação.

O IDA IPCA-Infraestrutura, que acompanha debêntures incentivadas, caiu 1,6% no mês. Na sequência, os mesmos títulos sem incentivo fiscal desaceleraram 1,1%, segundo o IDA IPCA ex-Infraestrutura. Mesmo com os resultados negativos do mês, os indicadores somam desempenho positivo em 2024 de 1,9% e 1,6%, nesta ordem.

Já o IDA (Índice de Debêntures da ANBIMA), que espelha a carteira de todas as debêntures, teve queda de 0,09%. No acumulado do ano, o retorno é de 3,6%.

Títulos públicos
As LFTs (Letras Financeiras do Tesouro com duração de um dia) foram o destaque dos títulos públicos pela quarta vez consecutiva. O índice que as acompanha, IMA-S, fechou abril com 0,9% de rentabilidade. No ano, soma 3,6% de crescimento.

Além dele, o IRF-M 1, que espelha papéis prefixados que vencem em até um ano, avançou 0,5% no mês. Já a carteira de longo prazo (IRF-M 1+) caiu 1%. No ano, os índices variaram 3% e 0,3%, respectivamente.

Enquanto isso, as NTN-Bs (títulos públicos indexados à inflação) com vencimento em até cinco anos, refletidas no IMA-B 5, tiveram queda de 0,2% no mês, mas mantiveram retorno de 1,8% no ano. Já as NTN-Bs com vencimento acima de cinco anos (IMA-B 5+), as de maior prazo na família dos IMAs, caíram 2,9% e, no ano, desaceleraram 4,3%.

Os títulos públicos, no geral, fecharam o mês com queda de 0,2%, conforme mostra o índice de mercados da Associação. O IMA-Geral, que reflete a carteira da dívida pública brasileira, cresceu 1,4% em 2024.

Todos os resultados do setor serão divulgados no boletim de renda fixa, a ser publicado no site da Associação em breve.

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