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De olho no futuro, Supervisão da ANBIMA se reestrutura com foco em ações preventivas, acompanhamento de tendências e análise de dados

A Supervisão da ANBIMA (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) foi modernizada e ganhou uma nova estrutura. A área passa a atuar baseada em premissas como: abordagem preventiva, acompanhamento de tendências, governança de dados, proximidade com os supervisionados, ampliação do uso de tecnologia, maior assertividade nas ações investigativas e retroalimentação da autorregulação.

O projeto de modernização, que nasceu a partir da evolução do mercado e do aumento no número de operações e de instituições que seguem os códigos de autorregulação da Associação, foi batizado de Supervisão do Futuro. “Nós contratamos a consultoria Oliver Wyman, que nos apoiou na concepção e na realização do projeto. Nessa parceria, identificamos referências internacionais e realizamos entrevistas com representantes do mercado, lideranças e equipes internas da Associação, para entender as principais necessidades e coletar as opiniões dos agentes”, diz Guilherme Benaderet, superintendente da Supervisão de Mercados da ANBIMA.

A partir do levantamento inicial, a Supervisão foi dividida em quatro núcleos: o de Gestão de Dados e Tendências, o de Ações Preventivas, o de Ações Investigativas e Sancionadoras e o de Apoio Jurídico. As quatro áreas vão atuar de forma transversal e colaborativa.

“O trabalho de monitorar as instituições em relação ao cumprimento das regras de autorregulação vai continuar existindo, é o nosso DNA. Mas agora, com a nova estrutura, a Supervisão passará a acompanhar as tendências e focar também em ações preventivas. Isso vai trazer mais eficiência em nossa atuação e benefícios para os supervisionados e até mesmo para as nossas parcerias e convênios com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, continua Benaderet.

Quais são os novos núcleos?

O Núcleo de Gestão de Dados e Tendências é o responsável pela geração de indicadores baseados em informações e na detecção de tendências e de possíveis riscos, com o uso intensivo de tecnologia, como ferramentas de machine learning. “A gente passa a trabalhar com uma Supervisão mais baseada em dados para conseguir identificar tendências do mercado e se antecipar a possíveis problemas, sempre mantendo a ambição de olhar para o futuro e em linha com o que acompanhamos nos mercados internacionais. Além disso, usaremos os dados de forma mais consistente, com a mitigação de riscos e retroalimentação das informações entre todos os núcleos de uma maneira orgânica, sistêmica e eficiente”, comenta Benaderet.

Com o objetivo de promover ações de orientação ao mercado, o Núcleo de Ações Preventivas atua mais próximo das instituições supervisionadas por meio de visitas, realização de lives, eventos e outras ações para ajudá-las a prevenir eventuais violações dos códigos de autorregulação.

“A gente ouviu o próprio mercado, que, muitas vezes sentia dificuldade em saber se estava cumprindo as regras de autorregulação corretamente, por desconhecimento. Para ajudar essas instituições, promoveremos um trabalho educativo mais constante e presente, principalmente com novos associados ou aderentes aos nossos códigos e sempre que novas regras forem lançadas”, continuou Benaderet.

O Núcleo de Ações Investigativas e Sancionadoras, que atua com a identificação de irregularidades e descumprimento das regras de autorregulação, também foi modernizado e será composto por times que atuarão por atividade autorregulada. “Buscamos uma atuação mais assertiva e com maior foco na conduta dos supervisionados”, explicou o superintendente.

Por fim, o Núcleo de Apoio Jurídico é responsável por garantir a segurança jurídica em todas as frentes da Supervisão, apoiando em questões como a condução dos processos sancionadores.

“Em todos os núcleos, adotaremos também um modelo de utilização de parcerias para otimizar nossas ações e ampliar o conhecimento dos colaboradores em tópicos emergentes ou de nicho, contando com o apoio de empresas de consultorias ou criando grupos vinculados às nossas comissões de acompanhamento”, finaliza Benaderet.

 

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.