Câmara aprova regime específico de tributação para serviços financeiros, atendendo a pedidos da ANBIMA
São Paulo, 17 de dezembro de 2024 - A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o projeto de lei que regulamenta a reforma tributária do consumo. O texto prevê uma alíquota única para todos os serviços financeiros, medida que atende ao principal pleito do mercado e defendido pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“O projeto de lei é bem-sucedido e esperado por todos. Temos expectativas positivas sobre o impacto dessa mudança na economia, com potencial de puxar o nosso PIB para cima” comentou Soraya Alves, superintendente da ANBIMA.
Segundo Soraya, a definição de uma alíquota única garante simetria e competitividade igualitária para os diferentes produtos e serviços financeiros disponíveis. “Estabelecer essa neutralidade é essencial para construir um modelo de arrecadação justo e que estimule o desenvolvimento econômico do país”, afirmou a superintendente.
No texto aprovado, os fundos foram classificados como não-contribuintes dos impostos, já que eles não têm personalidade jurídica e os serviços de administração e gestão já serão tributados pelo IBS e pela CBS. As exceções foram os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) de arranjo de pagamento e de antecipação de recebíveis, os fundos imobiliários e os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais), em razão de características específicas.
O PL já passou pelo Senado e agora avança para a sanção da Presidência da República. A ANBIMA segue acompanhando a discussão e apoiando a construção de um sistema tributário mais justo e eficiente.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.