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ANBIMA terá novas certificações para profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimentos

Com o objetivo de qualificar ainda mais os profissionais, a ANBIMA inicia um processo de revisão da CPA-10, CPA-20 e CEA. Ele resultará no lançamento de novas certificações de distribuição de investimentos, cujas provas passarão a ser aplicadas em janeiro de 2026. As modificações propostas ocorrem na esteira da rápida evolução do mercado, que passou a exigir dos profissionais o exercício de novas funções e competências.

A proposta da Associação é que as certificações relacionadas à distribuição de produtos de investimento passem a ser concedidas conforme as atividades dos profissionais — e não mais com base em instituições, cargos ou segmentos de mercado atendidos (varejo e alta renda), como acontece hoje.

Além disso, com o intuito de preparar ainda mais quem atua ou quer atuar no mercado financeiro, a mudança será acompanhada de um aperfeiçoamento nos exames. O objetivo é que eles passem a avaliar não só os conhecimentos técnicos dos candidatos, mas também a capacidade de aplicar a teoria em casos práticos e de demonstrar competências comportamentais (soft skills).

“Nosso programa de certificação de distribuição foi lançado há mais de duas décadas e, desde então, o mercado evoluiu muito. Para acompanhar esse avanço, vínhamos atualizando recorrentemente os conteúdos das provas, mas agora chegou o momento de fazer uma mudança mais estrutural da CPA-10, CPA-20 e CEA”, explica Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA. “Sabemos que essa novidade terá grande impacto sobre as instituições e profissionais e, por isso, ao longo de todo o processo manteremos nossos canais de comunicação abertos para ouvir sugestões. Com isso, esperamos receber contribuições que ajudem a tornar as nossas certificações ainda mais relevantes para o mercado”, acrescenta.

As mudanças propostas tiveram como base um amplo estudo feito em parceria com a Deloitte, sumarizado no relatório “Um Olhar sobre as Certificações: Análise do cenário atual e propostas para o futuro”. Elaborado a partir de pesquisas e entrevistas com o mercado, o estudo traz informações sobre o perfil e a atuação dos profissionais de distribuição (job analysis), as competências técnicas e comportamentais que precisam para exercer suas atividades e o funcionamento das certificações no Brasil e no exterior.

Entre outras conclusões, o material mostra que profissionais com cargos distintos na distribuição de investimento estão exercendo, na prática, funções similares. Além disso, revela que, diante do elevado nível de conhecimento exigido dos profissionais, há necessidade de processos de capacitação mais abrangentes, que mesclem conteúdo técnico e habilidades comportamentais.

“Com base nesse diagnóstico, estamos repensando o nosso jeito de educar e avaliar. A nossa proposta é que o formato das provas passe a ser mais situacional e integrativo, permitindo a avaliação conjunta de competências técnicas e comportamentais que hoje são essenciais para os profissionais atuarem”, explica Billi. 

Divisão por atividades

Neste novo contexto, a partir de janeiro de 2026, a CPA-10, CPA-20 e CEA deixam de existir no modelo atual, sendo substituídas por três novas certificações, cujos nomes serão anunciados em breve. Cada uma delas será voltada a uma atividade, conforme exposto abaixo:
 

1) Fornecimento de informações básicas sobre produtos, investimentos e serviços financeiros nas instituições, seja para prospecção ou suporte no atendimento ao cliente. 

2) Gerenciamento e acompanhamento do portfólio de investimentos do cliente. Entre suas principais funções, esse profissional realiza a análise do perfil do investidor, presta informações sobre os diferentes tipos de investimentos e seus riscos e, se necessário, pede auxílio para um especialista em produto antes de mudar a carteira do cliente.
 

3) Recomendação sobre investimentos, com expertise para criar e alterar portfólios. Focado em produtos de investimentos, esse profissional pode ser especialista em classes e ativos específicos, oferecendo suporte tanto para o cliente final quanto para outras áreas da instituição. 

 

Essa divisão vai em linha com o que já é praticado em países da Europa e Estados Unidos, onde as certificações já são majoritariamente pautadas pelas atividades dos profissionais.

Considerando essas mudanças, no quarto trimestre de 2024, a ANBIMA divulgará o plano de transição das atuais certificações (CPA-10, CPA-20 e CEA) para as novas. Os detalhes desse processo ainda estão em definição, mas é certo que nenhum profissional perderá sua certificação ou terá que fazer nova prova.

Próximos passos

Diante do impacto da novidade para os profissionais que já têm ou buscam as certificações ANBIMA, ao longo dos próximos dois anos a Associação realizará ciclos de conversas com o mercado, reguladores, profissionais com certificação ANBIMA, escolas preparatórias e outros stakeholders para coletar sugestões e tirar dúvidas sobre as mudanças.

Além disso, serão realizados pilotos para testar o novo modelo de avaliação dos candidatos, bem como melhorias nos sistemas para que profissionais e instituições associadas tenham uma experiência unificada e completa nas etapas de preparação, inscrição e atualização das certificações. Isso inclui integração ao ANBIMA Edu, aplicativo educacional da Associação que oferece gratuitamente cursos de qualificação para quem já atua ou deseja uma colocação no mercado financeiro.

O objetivo é que, até janeiro de 2026, o aplicativo disponibilize jornadas de aprendizagem — microcertificações criadas para contribuir com a especialização do profissional sobre determinado assunto — dos principais conteúdos cobrados nas certificações, além de simulados das provas. As microcertificações também serão a maneira como os profissionais certificados passarão a manter suas certificações atualizadas.

Para saber mais sobre as mudanças propostas, acesse o relatório “Um olhar sobre as certificações: análise do cenário atual e propostas para o futuro

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.