ANBIMA terá nova base de dados de FIPs
A ANBIMA (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) terá uma nova base de dados de FIPs (Fundos de Investimento em Participações) a partir de 2023. Ela vai contribuir com a geração de relatórios, análises e estudos alinhados às necessidades do mercado, que serão disponibilizados periodicamente pela Associação e vão mostrar um retrato mais aprofundado dos FIPs no Brasil. Atualmente, essa indústria tem mais de R$ 614,8 bilhões de patrimônio líquido e cerca de 1,5 mil fundos.
Esses produtos serão norteadas por quatro pilares: capital comprometido e disponível; investimento e desinvestimento; rentabilidade; e geração e suporte de empregos.
“Os gestores e investidores poderão acessar informações detalhadas sobre a indústria de FIPs para auxiliar as tomadas de decisões e entender o posicionamento dos seus investimentos em uma visão consolidada de mercado e o impacto deles na economia nacional”, disse Antonio Gouvea Vieira, vice-presidente do Fórum de Gestão de Fundos Estruturados da ANBIMA.
Para as gestoras, a nova base reduzirá o custo de observância (gastos para cumprir obrigações regulatórias e autorregulatórias), já que eliminará a exigência de dados em duplicidade, permitindo o preenchimento em menos tempo. Serão exigidas informações como dados cadastrais das empresas investidas e detalhamentos
sobre o veículo de investimento e seus cotistas.
“Os FIPs são relevantes para o mercado e para a economia e tivemos a cautela de solicitar apenas dados que fossem revertidos em valor agregado para os players”, afirmou Luiz Sedrani, coordenador da Comissão de Participações da ANBIMA.
As gestoras terão entre 2 de janeiro e 28 de fevereiro para encaminhar para a Associação os dados anuais de 2022 e os referentes aos quatro trimestres deste ano. Previstos no Código de Administração de Recursos de Terceiros, da ANBIMA, os reportes haviam sido suspensos em março de 2022 para reformulação do sistema de envio e da base de dados.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.