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ANBIMA Summit: evolução da gestão de recursos é um dos destaques do terceiro dia de evento

A indústria de fundos de investimento, em que pese a volatilidade global dos últimos anos e o cenário doméstico incerto, segue registrando um crescimento robusto e sustentável. A conclusão surgiu em debate entre profissionais do mercado que participaram do ANBIMA Summit, realizado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), na quarta-feira, 27. E as perspectivas para os próximos anos seguem positivas, puxadas pela maior demanda e consequente oferta de produtos, pelo avanço das plataformas de investimento que facilitam o acesso dos investidores e pelas mudanças regulatórias que estão em curso.

Para Cacá Takahashi, vice-presidente da ANBIMA e charmain da BlackRock Brasil, o interesse dos investidores e a oferta de fundos ESG pelos gestores avançam a um ritmo forte, o que exige ferramentas que garantam transparência desses produtos. "A ANBIMA desde 2015 tem um grupo de trabalho em ESG e está com uma audiência pública para definir critérios para identificar fundos com essas características. A procura por produtos assim é alta e torna importante definir melhor os critérios de classificação", comentou.

Outro ponto importante destacado durante o debate foi a revisão da regulação de fundos de investimento, em elaboração pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para Pedro Rudge, diretor da ANBIMA e sócio fundador da Leblon Equities, o movimento é relevante para que a indústria entre em uma nova fase. "A revisão das normas da CVM para os fundos é essencial, será uma oportunidade para avançarmos nas práticas internacionais, de mercados maduros e desenvolvidos", disse.

As mudanças em análise pelo regulador também devem abrir novas perspectivas para os fundos alternativos, que dão acesso a produtos de infraestrutura, venture capital ou imobiliários. "Do ponto de vista dos estruturados, como os FIPs, a expectativa é enorme", afirmou Daniel Sorrentino, gestor do Pátria Investimentos.

Falando sobre os fundos líquidos, acessíveis ao investidor de varejo, como multimercados ou de ações, Carlos Salamonde, CEO da Itaú Asset, pontuou que as mudanças regulatórias serão relevantes sob todas as óticas, na criação de produtos, de novas classes e na atuação de gestores e administradores. "Claro que todos teremos um período de adaptação, mas a direção é correta e as mudanças necessárias", comentou. "Quanto mais acesso a produtos, mais informação para suas decisões o cliente vai demandar. É um conjunto de mudanças no mercado que eleva nossa responsabilidade para garantir transparência e informação de qualidade", concluiu.

Nova regulação dos fundos deve sair no primeiro semestre de 2022
A nova resolução para os fundos de investimento, em curso pela CVM, deve ser publicada no primeiro semestre do ano que vem. A data foi informada por Marcelo Barbosa, presidente da autarquia, durante o painel "O que esperar da nova regulação de fundos", com a mediação de Luciana Seabra, CEO da Spiti.

De acordo com Barbosa, a audiência pública que trata das novas regras é a maior feita até agora pela CVM, com mais de 90 manifestações. "Além dessa audiência, que é bastante complexa e trabalhosa, temos na nossa agenda outras a serem concluídas. Esperamos que em algum momento do primeiro semestre do ano que vem a regulação já esteja editada. Vamos trabalhar para que seja mais perto do início do ano", disse.

O presidente da CVM destacou que a diversificação está entre os pontos importantes da modernização das regras de fundos e que se dará de várias formas, devendo abrir mais possibilidades para investimentos por meio dos fundos, seja para um público maior, com acesso ampliado aos produtos, seja para mais abertura aos investimentos via fundos no exterior. "Além disso, há uma marca importante de esclarecimento e modernização, de maior transparência e segurança", concluiu.

Tecnologia a favor da gestão de recursos
O painel "Tecnologia a favor da gestão de recursos", reuniu Jody Bhagat, presidente para as Américas da Personetics, e Margot Greenman, CEO da Captalys. Durante o debate, Bhagat pontuou que embora o uso de algoritmos e de inteligência artificial no mercado financeiro, como ferramentas de gestão de portfólio e escolha de ativos, já seja bastante difundido, as novas tecnologias estão possibilitando o desenvolvimento das chamadas finanças autônomas, ajudando o investidor a tomar decisões financeiras ou até mesmo agindo em nome do cliente.

"As soluções financeiras autônomas podem resolver várias necessidades do cliente ou o que chamamos de tarefas a serem realizadas, por exemplo, economizar para um objetivo ou acelerar o pagamento de dívidas. Considero empolgante ver como os programas financeiros autônomos estão proporcionando experiências personalizadas," comentou.

Para Margot, as finanças autônomas ajudam o investidor a economizar tempo e dinheiro. "É um instrumento que pode antecipar suas necessidades por meio de uma maior customização e personalização com base em seus desejos, crenças, objetivos, padrões de consumo e muitas outras variáveis". Ela acrescentou que as finanças autônomas vão se transformar em grandes aliadas na gestão de ativos.

Bhagat deu exemplos práticos desta forma mais personalizada de oferecer serviços e produtos aos clientes, citando que para um determinado investidor, por exemplo, a informação referente a um determinado pagamento de dividendos pode ser relevante e fazer com que ele redesenhe sua carteira. "Pode ser mais sofisticado também. Se um cliente quer poupar para um determinado objetivo de longo prazo, gestoras podem oferecer um serviço de investimento automático mensal, com o algoritmo entendendo os movimentos financeiros dele para separar um dinheiro que possibilite aquele objetivo", afirmou, lembrando que 30% das pessoas têm alguma forma de investimento automático, mas sem qualquer inteligência por trás.

Outra possível aplicação, falando especificamente do uso da inteligência artificial, é possibilitar a oferta personalizada para o público em geral. Para o especialista, todos vão se beneficiar com este processo. E cabe aos bancos e gestores decidirem onde querem investir seu dinheiro, falando sobre a incorporação das ferramentas tecnológicas. "Acredito que até o fim de 2023 todas as gestoras e bancos de investimentos terão um nível básico de insights personalizados à sua disposição", concluiu.


Programação desta quinta-feira (28 de outubro)

10h: Open banking
O open banking tá on!
Fala, BC: tudo sobre o open finance
O mundo de serviços e possibilidades do open investment
O que esperar do open insurance

14h: Aconselhamento e suitability
Raio X do Investidor Brasileiro
Análise do investidor e suas tomadas de decisões
Oferta de produtos: pela qualificação ou pelo perfil do investidor?
What's up: diferentes modelos da atividade de aconselhamento

18h30: Influenciadores e algoritmos
Cara a cara com os influenciadores que falam de investimentos
A era dos algoritmos vai melhorar nossa vida?, com Cathy O’Neil
Gestão quantitativa: como a ciência e a tecnologia podem auxiliar no processo de alocação de ativos (oferecimento Bradesco Asset)

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Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.