<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=1498912473470739&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">
  • Empresas fiscalizadas.
  • Trabalhe Conosco.
  • Imprensa.
  • Fale Conosco.

Imprensa

ANBIMA Summit: encerramento da programação tem Paul Bodnar, da BlackRock, com a pauta de investimentos ASG

O último dia do ANBIMA Summit recebeu Paul Bodnar, chefe global de Investimentos Sustentáveis ​​da gestora BlackRock, em uma conversa sobre investimentos ASG (que seguem fatores ambientais, sociais e de governança). O evento, realizado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) aconteceu ao longo desta semana, com conteúdo inteiramente online e gratuito.

A importância dos fatores ASG, embora não seja nova, foi elevada de patamar nos últimos dois anos e começou a fazer parte do universo dos investidores brasileiros. Tem sido exponencial o crescimento da oferta de produtos, como fundos de investimento, que se intitulam ASG. O que sustenta este movimento é a ideia de que empresas com boas práticas socioambientais e de governança projetem retornos maiores em médio e longo prazos.

A utilização dos critérios ASG, na visão de Bodnar, ajuda a entender melhor a empresa antes de inclui-la no portfólio. “O ASG foi criado como um caminho para reunir novas informações sobre as companhias que vão além das financeiras. Ao combiná-las, o investidor consegue escolher melhor quem fará parte de seu portfólio”, explicou. “É de se esperar que, ao fazermos isso, as carteiras ASG tenham um desempenho melhor, especialmente nas recessões, porque usamos mais informações e dados para escolher empresas mais resilientes que serão mais fortes. É para isso que o ASG foi criado”.

No processo de análise de portfólios da BlackRock, o ASG tem um papel essencial, explicou Bodnar, chamando a atenção para os riscos climáticos que cada vez mais vão pesar na economia. “Estamos preocupados com os efeitos na economia das emissões descontroladas de gases de efeito estufa e com os impactos físicos que isso terá. Precisamos reduzir a emissão de gases e tem muita gente investindo em sustentabilidade porque querem que seu dinheiro em empresas que acelerem a transição para uma economia de emissões zero”.

Vice-presidente da ANBIMA e charmain da BlackRock no Brasil, Cacá Takahashi, lembrou que o ASG não é exatamente um tema novo, mas que nos últimos anos ganhou espaço e relevância no Brasil. “Na verdade, o Brasil está no começo, no primeiro estágio do ASG, mas aumentando exponencialmente a oferta de produtos e o interesse dos investidores”, disse.  Paul Bodnar, que atua com finanças sustentáveis há 20 anos, destacou que ao longo do tempo o principal avanço foi que se os riscos ligados ao meio ambiente não forem bem conduzidos, com ações efetivas, a economia caminhará em uma direção muito ruim.

Sobre a participação dos países emergentes na construção de uma economia descarbonizada, o executivo afirmou ser essencial que não sejam esquecidos nesta história de zerar as emissões. “Se não nos concentrarmos em como os mercados emergentes continuarão crescendo e desvinculando esse avanço de novas emissões, a realidade é que seguiremos globalmente com emissões de gases de efeito estufa que vão levar a um nível incontrolável de riscos climáticos”, afirmou.

Takahashi, ao reforçar que no Brasil o interesse por ativos sustentáveis avança a passos largos, acrescentou que há mudanças na autorregulação para ajudar o mercado a se desenvolver de forma sustentável. “A ANBIMA tem algumas iniciativas para ajudar os investidores a identificar os projetos que temos no setor. No momento, temos um processo de audiência para nossa estrutura de identificação dos fundos de investimento ASG”, explicou, indicando que também está sendo feita uma pesquisa para compreender como os gestores de ativos andam alocando os produtos ASG nas empresas. “Além disso, uma das responsabilidades da ANBIMA é a formação. Estamos incluindo o ASG em todas as nossas certificações”.

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.