ANBIMA melhora expectativa para inflação, PIB e dólar, mas mantém Selic em 12,75% para dezembro
São Paulo, 8 de junho de 2016 – A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revisou as projeções para inflação, PIB e dólar, mas manteve a previsão para meta da taxa Selic, em 12,75% para dezembro. Para a reunião de hoje do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), a estimativa é de que a Selic se mantenha inalterada em 14,25%.
As projeções estão no Relatório Macroeconômico divulgado nesta quarta-feira (8), que traz as estimativas do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA, um fórum composto por 25 economistas de instituições financeiras associadas, que se reúnem a cada 45 dias para analisar a conjuntura e os cenários para a economia brasileira e internacional.
“Apesar da manutenção das projeções entre as reuniões do Comitê, a percepção de riscos em relação aos juros se alterou. Desde a última reunião do Comitê em abril, reforçava-se a expectativa de queda da Taxa Selic em julho, com base nos impactos da forte redução do nível de atividade e da valorização da moeda doméstica, que alimentavam apostas em um cenário mais benigno para a inflação. As novas incertezas no campo político, que se expressaram em uma desvalorização de 4,2% do Real em maio e, sobretudo, os últimos resultados da inflação, que se situaram acima do previsto pelo mercado, voltaram a reforçar as previsões do início do ciclo de queda dos juros para agosto”, informa o relatório.
Inflação
A estimativa para a inflação passou de 7%, em abril, para 6,94%, em junho. Para os analistas, apesar de a projeção ser menor, o governo não deverá cumprir a meta de inflação pelos próximos dois anos. “A mediana da previsão para o IPCA em 2017, de 5,34%, mesmo indicando uma melhora em relação à reunião de abril, mostra que o patamar de inflação deverá permanecer acima do centro da meta, em consonância com uma redução dos juros em ritmo mais gradual. A expectativa do Comitê é que a taxa Selic chegue a 11% ao final do próximo ano”, informa o relatório.
PIB
Pela primeira vez desde que começaram a serem coletadas as estimativas do PIB para 2016, o comitê melhorou a projeção do indicador, de -3,83% para -3,50%. O debate sobre a atividade econômica foi motivado pela divulgação do resultado oficial do PIB do primeiro trimestre, que ficou em -0,3% em relação ao trimestre anterior, situando-se acima das expectativas do Comitê.
Para o próximo trimestre, o indicador deve apresentar piora, de -0,6%, em função do aumento do desemprego. “A melhora será sentida somente no segundo semestre, quando resultados mais concretos no âmbito fiscal e da inflação permitirem o início do ciclo de redução dos juros e uma consequente elevação do grau de confiança dos agentes econômicos”, diz o relatório.
Dólar
Para o final de 2016, a mediana das projeções do Comitê para a taxa de câmbio ficou em R$ 3,70, contra R$ 3,85 da reunião anterior, o que indica uma apreciação da moeda doméstica de 5,24% para o ano. A maioria das estimativas (90%) concentrou-se no intervalo entre R$ 3,50 e R$ 4,00. As projeções mínima e máxima foram de R$ 3,45 e de R$ 4,10, respectivamente.
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