ANBIMA buscará soluções em IA e tokenização para alavancar o mercado de capitais
São Paulo, 21 de junho de 2024 – A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) lança hoje a Rede ANBIMA de Inovação, um novo ambiente que conecta o mercado de capitais à comunidade de inovação. Trata-se de uma iniciativa estratégica, voltada para impulsionar a troca de experiências e a construção de conhecimento.
“Não é possível dissociar o desenvolvimento do mercado de capitais da evolução tecnológica, e a ANBIMA está atenta a isso. A Rede ANBIMA de Inovação é um passo importante que reforça o nosso compromisso com essas agendas e atuará como um fórum de debates sobre tendências emergentes, criando um espaço organizado para profissionais discutirem, se informarem e até identificarem projetos que possam ajudar a impulsionar a transformação digital do nosso mercado", destaca Carlos André, presidente da ANBIMA.
Entre as diversas atividades da Rede, está o desenvolvimento de protótipos de soluções com foco nos principais desafios enfrentados hoje pela indústria de investimentos. Os primeiros eixos temáticos da Rede serão tokenização de ativos e inteligência artificial generativa.
Tokenização de ativos
Na frente de tokenização, o principal projeto busca impulsionar a negociação de ativos tokenizados no Brasil conectando o mercado de capitais ao ambiente do Drex. O projeto, inspirado no formato do próprio Piloto Drex, segue também a premissa de Open Finance, que mira na padronização de protocolos e na interoperabilidade entre blockchains, dois conceitos importantes para permitir que diversos atores e ecossistemas sejam conectados ao Drex.
“As oportunidades de negócios e ganhos de eficiência que a tokenização de ativos pode trazer para os investidores e mercados são cada vez mais evidentes, e este projeto pretende fomentar e testar diversas teorias relacionadas à tokenização que podem revolucionar nossos mercados", comenta André. "Caso haja um consenso de que é vantajoso e realizável, poderemos, juntos, criar um piloto dessa solução."
Segundo o executivo, a expectativa é que, aproveitando a capacidade de fracionamento de ativos via tokenização, o projeto mostre como é possível alavancar a liquidez no mercado secundário, democratizar o acesso a diferentes produtos e reduzir custos operacionais, com rapidez e segurança nas operações.
Inteligência artificial generativa
Em relação à IA generativa, a ANBIMA prepara duas trilhas de conhecimento. Uma delas é específica para a indústria de fundos – trata-se de um programa para que gestoras de recursos discutam desafios e idealizem uma solução em IA para o setor.
Segundo a ANBIMA, o patrimônio líquido dos fundos é R$ 8,8 trilhões e existem mais de 39,2 milhões de contas que investem no produto. “É uma indústria robusta e a IA pode ser utilizada a seu favor, potencialmente simplificando processos e acelerando o seu crescimento”, aponta André. Ele dá como exemplos o suitability, que pode avançar a partir da possibilidade de hiper personalização oferecida pela IA, e a otimização de processos de análise de risco e gestão de ativos.
A segunda trilha é aberta a todo o mercado e contempla uma série de ações que visam ajudar as instituições financeiras a compreenderem e a adotarem a IA em seu dia a dia. Inclui estudos, workshops, treinamentos, pitch days, showcases e masterclasses.
Participantes da Rede
A adesão aos diferentes projetos da Rede ANBIMA de Inovação está sendo feita por meio de convites, com foco em profissionais de instituições associadas à ANBIMA. Conforme o grupo amadurecer, ele envolverá diversos stakeholders, incluindo empresas de tecnologia, startups e acadêmicos. "Ao ampliar a interlocução com outras organizações e especialistas do mercado, assumimos de forma conjunta o compromisso de preparar o setor para os desafios tecnológicos do futuro, mantendo um olhar atento sobre tecnologias e tendências de alto impacto para o mercado de capitais”, afirma André.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.