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Introdução
Investimento é um assunto cada vez mais presente na vida dos brasileiros, seja nas redes sociais, blogs, jornais, televisão e até nas conversas entre amigos e famílias. Para ajudar a entender o comportamento do brasileiro quando o assunto é finanças, a nossa tradicional pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro chega a sua 3ª edição, trazendo dados de 2019.
O levantamento foi feito, com apoio do Datafolha, em novembro de 2019 com 3.433 pessoas em 149 municípios, que representam mais de 96 milhões de brasileiros. Todas a partir de 16 anos, pertencentes às classes A, B ou C e economicamente ativas (renda ou aposentadoria). Portanto, a pesquisa não reflete os impactos da pandemia de Covid-19 na população. Como já sabemos, a crise deixará o mundo e os brasileiros mais pobres, o que torna os temas poupança e investimento ainda mais relevantes e legitima as descobertas do estudo.
Essa página traz os principais achados da pesquisa. Se quiser saber mais, você pode baixar o relatório completo com todos os dados aqui.
Quem são?
Menos da metade dos brasileiros (44%) tinha algum saldo aplicado em produtos de investimento em 2019. Ou seja, 42 milhões de pessoas tinham aplicações no ano passado. O percentual aponta crescimento na comparação com os dois anos anteriores da pesquisa, quando 42% aplicavam em produtos de investimento.
Mas, afinal, qual é o perfil do investidor brasileiro? Aqui vai a resposta: a maioria é do gênero masculino (53%), casado, pertencente à classe C e com renda média mensal de R$ 5,6 mil. Confira abaixo o raio X completo:
Gráficos Interativos
A pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro chega em sua 3ª edição com uma novidade: um espaço interativo para que as pessoas possam conferir o estudo de acordo com o seu objetivo de análise.
Abaixo são apresentados gráficos com dados das pesquisas de 2018 e 2019. É possível aplicar filtros para informações como: dados demográficos; perfil do investidor de acordo com o produto de investimento; aposentados ou não aposentados, entre outros. Para isso, selecione o ano na caixinha à direita:
Investidor digital x analógico
O investidor brasileiro é tradicional. A grande maioria, 71%, vai até o banco para fazer suas aplicações. Na contramão, 49% optam pelo site ou aplicativo do banco ou da corretora. Os mais tradicionais, que chamamos de analógicos, costumam ser mais velhos – em média 47 anos –, da classe C, com renda familiar mensal em torno de R$ 4,4 mil. Os aposentados representam 22% deste grupo. Enquanto isso, aqueles que usam a internet para facilitar a vida financeira são os investidores digitais. Eles são mais jovens – em média 38 anos – e têm melhor poder aquisitivo: pertencem à classe B e têm renda média mensal de R$ 7,4 mil.
Onde investem
A poupança se mantém como o produto preferido dos investidores, mas vem perdendo participação: 84% deixaram os recursos na caderneta em 2019, enquanto 88% optaram pelo produto em 2018, uma queda de quatro pontos.
Na sequência, aparecem os fundos de investimento (6%), seguidos dos títulos privados (5%), dos planos de previdência (5%), títulos públicos (4%) e ações (3%). Este último, apesar de ser um dos produtos de investimento mais conhecidos pelos brasileiros – atrás apenas da caderneta de poupança –, ainda tem pouco apelo com os investidores.
Poupanceiros x outros investidores
Dentro do universo de investidores, há dois perfis distintos: aqueles que aplicam exclusivamente na poupança e os demais, que podem ou não ter dinheiro na caderneta, mas investem em outros produtos. Os poupanceiros estão proporcionalmente divididos entre homens e mulheres (50% em cada gênero), são da classe C (65%), têm ensino médio completo (48%) e renda familiar mensal de cerca de R$ 4,4 mil. Quando olhamos aqueles que investem em outros produtos, o perfil muda bastante. A maioria são homens (63%) das classes A ou B (72%), tem ensino superior completo (60%) e renda familiar mensal de cerca de R$ 9,4 mil.
Aposentadoria
Mesmo com a reforma da previdência em todos os noticiários, a percepção do brasileiro sobre a aposentadoria não mudou muito em 2019. A maior parte pensa em se aposentar, em média, com 59 anos de idade. No entanto, houve queda no número de brasileiros que pretende depender apenas da previdência pública na velhice, passando de 56%, em 2018, para 51%, em 2019. Aumentou o número de pessoas que usarão as aplicações financeiras como aliadas na terceira idade: 14% utilizarão estes recursos, uma alta de quatro pontos percentuais na comparação com 2018.