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2024#27: Descubra a nova Rede ANBIMA de Inovação
Regulação Internacional

2024

#27: Descubra a nova Rede ANBIMA de Inovação

Na linha de frente da transformação do mercado de capitais, nasce uma nova rede

A inovação dos negócios para acompanhar o ritmo acelerado da transformação tecnológica é um imperativo para toda a economia. No entanto, mesmo entre as empresas que se declaram abertas à mudança, o gap da inovação se alarga conforme as tecnologias disruptivas aceleram. A 18⁠ª edição do Estudo Anual de Inovação do BCG (Boston Consulting Group) esclarece o dilema: 83% das empresas colocam a inovação como uma de suas três principais prioridades, mas apenas 3% estão prontas para inovar. Um dos principais motivos é a falta de uma visão abrangente do contexto geral para criar uma estratégia que traduza a inovação em resultados. 

E é com essa visão de ecossistema que a ANBIMA lançou oficialmente a Rede ANBIMA de Inovação, construída como um ambiente aberto, colaborativo e dinâmico para conectar profissionais de todo o mercado à comunidade de inovação, visando apoiar as instituições a explorarem tendências e tecnologias emergentes.

A Rede nasce apoiada em três pilares: curadoria de tendências, conexão entre o mercado e o ecossistema de inovação e desenvolvimento de soluções para a indústria de investimentos. “A pluralidade é a chave para tratarmos de assuntos capazes de impactar tão fortemente a indústria de investimentos”, disse Carlos André, presidente da ANBIMA, na abertura do evento de lançamento da Rede. “Sabemos que a transformação digital é uma jornada contínua e queremos reforçar o papel da ANBIMA como aliada do mercado nesse processo.” 

Dominando a tokenização

Duas forças tecnológicas são as grandes aceleradoras da mudança nos mercados financeiro e de capitais: tokenização e inteligência artificial. E são exatamente essas duas forças que serão trabalhadas inicialmente na Rede.

Do lado da tokenização, a expectativa é "reduzir o custo de observância da evolução do mercado", como disse Eric Altafim, diretor da ANBIMA. Isso inclui não só ajudar os participantes do mercado a entenderem toda a extensão transformadora da tecnologia, mas também criar uma infraestrutura que possa impulsionar a negociação de ativos tokenizados no Brasil, conectando o mercado de capitais ao ambiente do Drex (moeda digital do Banco Central)O projeto segue as premissas do Open Finance e visa a padronização de protocolos e a interoperabilidade entre blockchains, dois conceitos importantes para permitir que diversos atores e ecossistemas sejam conectados ao Drex. 

Fabio Araújo, economista do Banco Central, elogiou a iniciativa, que se conecta à visão de tokenização do Banco Central. Segundo ele, “o Drex foi pensado em um arcabouço maior que está começando a se consolidar nas instituições internacionais - as DPIs (Digital Public Infrastructures)”. Araújo destacou que o Drex é parte de uma visão mais ampla de infraestruturas digitais públicas, essenciais para a cidadania digital moderna. "Nós estamos completamente abertos a colaborar com a Rede de Inovação da ANBIMA. Tenho certeza de que vamos conseguir projetos muito interessantes que vão ajudar a avançar o mercado de capitais tanto no sentido do Open Finance, quanto no sentido do Open Capital Market."

“A tecnologia pode mudar muita coisa por meio da 'programabilidade'. E pode fazer muita coisa mais determinística, onde antes era discricionária,” disse Jorge Casara, gerente da CVMsobre a importância de equilibrar inovação e regulação para garantir a segurança e a eficiência do mercado de capitais. Casara mencionou que a CVM está se adaptando rapidamente às inovações tecnológicas, buscando formas de regulamentar e supervisionar de maneira eficaz, sem inibir a inovação.

A IA entendida no detalhe

Para Marcelo Billi, superintendente de sustentabilidade, inovação e educação da ANBIMA, a pluralidade é fundamental quando se trata de IA. “A Rede de Inovação nos dá a oportunidade de colocar no mesmo ambiente instituições muito grandes, que já têm larga experiência no uso dessas tecnologias, e instituições pequenas e médias que não têm tanto acesso,” disse.

Com esse objetivo, foram organizadas duas trilhas de conhecimento: 

  • Discovery IA, específica para a indústria de fundos, cujo programa vai reunir cerca de 30 gestoras de recursos para discutir desafios e idealizar uma solução em IA para o setor.
  • Jornada de Inteligência Artificial, aberta a todo o mercado, com ações que visam ajudar as instituições financeiras a compreenderem e a adotarem a IA em seu dia a dia. Inclui estudos, workshops, treinamentos, masterclasses, apresentação de startups e discussão de cases. Ela é organizada em parceria com a Liga Ventures

Giulia Baretta, CEO na Snaq, antecipou o lançamento do relatório sobre o uso de IA no mercado de capitais, que está sendo elaborado em conjunto com a ANBIMA para trazer conceitos e informações atualizadas para guiar o público. Ela destacou que a IA generativa pode aumentar significativamente o PIB global, trazendo grandes oportunidades para o mercado financeiro. “A IA generativa pode aumentar o PIB global de 7 a 10 trilhões de dólares, a depender de como esses casos de uso vão se desenvolver,” disse Baretta.

questão do uso ético e responsável da IA é um tema do qual o mercado de capitais não pode fugir ao implementar seus projetos, segundo Henrique Fabretti, sócio do Ópice Blum Advogados. Ele mencionou que o guia de uso responsável de IA, que está sendo desenvolvido em parceria com a ANBIMA, ajudará o mercado de capitais a incorporar essa tecnologia de maneira segura, considerando os riscos e as melhores práticas. 

"De uma forma global, a exploração da IA no mercado de capitais está sendo feita com muito cuidado, porque os reguladores e autorreguladores querem usar a tecnologia para melhorar as normas, melhorar os procedimentos de supervisão, sem inibir a inovação e a criação de novos produtos e de novos processos que a IA traz", afirma Zeca Doherty, diretor-executivo da ANBIMA.

Como participar da Rede ANBIMA de Inovação