<iframesrc=" ns.html?id="GTM-MZDVZ6&quot;" height="0" width="0" style="display:none;visibility:hidden"> O novo cenário das fintechs em 2024, de olho nos mercados B2B – ANBIMA
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2023#19: Tendências para 2024, sem hype
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#19: Tendências para 2024, sem hype

O novo cenário das fintechs em 2024, de olho nos mercados B2B

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Depois de um crescimento explosivo dos investimentos de capital de risco em 2021, e de enfrentar um "vale" por conta da queda do entusiasmo dos VCs nos investimentos globais em startups, as fintechs entram 2024 decididas a gerar resultados positivos com foco nos mercados B2B, no Brasil e no resto do mundo. Para quem atua nos mercados financeiro e de capitais, conhecer os planos dessas startups pode ser um exercício esclarecedor de para onde sopram os ventos de inovação do setor. 

Na lista Fintech 100, lançada pela CB Insights no início de outubro, por exemplo, dois terços das mais promissoras fintechs globais de capital privado estão na categoria B2B, incluindo plataformas de gestão de gastos corporativos; assistentes de pagamentos e transferências transfronteira; meios de pagamento em tempo real; plataformas de infraestrutura de automação para serviços financeiros; BNPL (Buy Now Pay Later) corporativo; e pagamentos conta a conta (A2A). Oito das nove insurtechs selecionadas são B2B, incluindo duas plataformas de distribuição de seguros como a Bolttech e Cover Genius.

As novidades tecnológicas do ano incluem duas fintechs que estão desenvolvendo grandes modelos de linguagem (LLMs) de IA para serviços financeiros: o provedor de IA conversacional Kasisto e a plataforma de processamento de documentos Cognaize. Entre as sete fintechs focadas em gestão de carteiras de ativos e portfólios, as startups AlphaSense e SESAMn se destacam por integrar IA generativa em suas plataformas de inteligência de mercado, para extrair informações e gerar sumarização de documentos.

No mix de startups em diferentes estágios de maturidade, há 31 unicórnios e 20 empresas em estágios iniciais de captação de recursos (semente/anjo ou Série A). O grupo acumula coletivamente impressionantes US$ 22 bilhões em captação de recursos por meio de surpreendentes 381 rodadas entre 2019 e setembro de 2023. O ranking divide as empresas em 20 diferentes categorias (clique no gráfico abaixo para ampliar o mapa).

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O Brasil emplacou apenas um representante: o banco C6. Há um representante indireto, a Brex, que apesar de ter sede nos EUA, foi fundada por dois brasileiros. Além do Brasil, o ranking do CB Insights inclui outros 23 países. Os Estados Unidos continuam liderando, com 43% das empresas. Mas com uma fatia menor: eram 53% no ano passado. O Reino Unido segue com 12 fintechs, enquanto Singapura ostenta sete; Israel, cinco; Índia, três; e Indonésia e Egito, 2 cada. Da Argentina foi selecionada a Ulala, plataforma de carteiras móveis e pagamentos. E do México entrou a fintech Clara, dedicada a gestão de pagamentos fim-a-fim.

No Brasil, o foco B2B mira rentabilidade

Após descobrir que monetizar o mercado B2C representa um grande e custoso desafio, as fintechs brasileiras estão se voltando para o B2B em busca de sustentabilidade de receitas e resiliência, apostando em aplacar as dores das pequenas e médias empresas ou fornecer serviços e infraestrutura para o setor financeiro. Esta é uma das conclusões da 5ª edição da pesquisa Fintech Deep Dive, realizada pela PwC Brasil e pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).

Mais da metade das startups (56%) que participaram da pesquisa oferecem soluções apenas para o B2B. O número representa um acréscimo de 16 pontos percentuais sobre a pesquisa do ano passado, que identificou 40% de fintechs com produtos e serviços exclusivos apenas para empresas. Apesar da dificuldade em captar investimentos de VCs, 43% das fintechs atingiram o break-even, um recorde em relação às cinco edições da pesquisa.

O Brasil detém 31% de todas as fintechs da América Latinasegundo um estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), realizado em 2022 em parceria com a Finnovista e o BID Invest. 

Outro estudo mais recente, o Fintech Global Vision 2023, da Finnovating, coloca a AL como a quarta região do mundo com maior número de fintechs em atividade: são 4.370, das quais 2030 são nativas dos países da região. O Brasil é o primeiro no ranking da América Latina, e sétimo no ranking global,com 869 fintechs (sendo 623 locais) mapeadas pela plataforma, que detém dados de 41% das fintechs globais em atividade (confira gráfico abaixo).

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Dois estudos locais - do Distrito e da Fincatch - apresentam números maiores para o setor, que segue como o maior e mais financiado entre todas as startups. Segundo o estudo Fintech Report, do Distrito, das 13.365 startups ativas no ecossistema brasileiro em 2023, 1.476 atuam no setor financeiro. O estudo do Distrito inclui fintechs de capital privado e de capital aberto. No relatório da Fincatch, lançado no início de outubro, o número é de 1844.

O que esperar para 2024

Como ficam os ecossistemas globais de fintechs em 2024, e o que esperar desse mercado? Um relatório da Finance Magnates sinaliza dez cidades globais como grandes hubs de inovação em fintechs: Berlim, Toronto, Dubai, São Paulo, Tel Aviv, Zurique, Seul, Cidade do México, Xangai, e Sydney. Fatores como acesso a capital, ambiente regulatório, disponibilidade de infraestrutura de conectividade (5G), programas de governo e ambiente sociocultural são os principais fatores para a evolução desses ecossistemas.

"Após décadas de hipercrescimento, as fintechs entraram numa nova era de criação de valor, onde o foco está no crescimento sustentável e rentável", confirma o relatório "Fintechs: um novo paradigma de crescimento", da McKinsey. A expectativa da consultoria é de que as receitas do setor de fintechs deverão crescer quase três vezes mais rápido do que as do setor bancário tradicional entre 2023 e 2028, com especial foco em B2B. 

Segundo a McKinsey, a América Latina verá um crescimento de receita de 27% ao ano (CAGR) nesse período. É o terceiro maior crescimento global, perdendo apenas para Oriente Médio (35%) e África (30%) 

Para o seu radar

Sinais de fumaça no horizonte…

  • Vale conferir a entrevista do historiador Chris Miller, autor do livro "A guerra dos chips: A batalha pela tecnologia que move o mundo", que acaba de ter sua versão em português lançada no Brasil. Segundo ele, a China segue atrás dos EUA, mas só por enquanto.
     
  • Um trailer do futuro é o vídeo da Boston Dynamics, mostrando como transformou o cão-robô Spot em um guia turístico usando o Chat GPT e outros modelos de IA como prova de conceito para aplicações robóticas de modelos fundamentais.