<iframesrc=" ns.html?id="GTM-MZDVZ6&quot;" height="0" width="0" style="display:none;visibility:hidden"> DeFi, a “inovação radical" – ANBIMA
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2022#02: Na onda da tokenização
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2022

#02: Na onda da tokenização

DeFi, a “inovação radical"

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Mesmo com o mercado de cripto em tumulto, as Finanças Descentralizadas são uma das inovações em blockchain que mais crescem atualmente: o valor geral dos ativos depositados em transações (value locked), que era de US$ 700 milhões em dezembro de 2019, chegou a US$ 112 bilhões no início de junho de 2022, segundo o dashboard do DeFi Llama. Sem contar com o cenário que se apresenta quando falamos de oportunidades com a tokenização (artigo acima).

Inovações radicais como DeFi não são lineares – são descontinuidades que desafiam a sabedoria convencional… Elas são baseadas em novas tecnologias, podem criar novos mercados e possibilitar novos modelos de negócios. Por esse motivo, também implicam um alto nível de incerteza, especialmente nos estágios iniciais”, diz Lambis Dionysopoulos, pesquisador do Institute for the Future (IFF), da Universidade de Nicósia, e membro do grupo de pesquisadores que trabalhou com o EU Blockchain Observatory and Forum (EUBOF), no desenvolvimento do relatório EUBOF: Decentralised Finance, recém lançado.

O EU Blockchain Observatory and Forum é uma iniciativa da Comissão Europeia para acelerar a inovação blockchain e o desenvolvimento do ecossistema blockchain dentro da União Europeia, e ajudar a consolidar a posição da Europa entre as lideranças globais da nova tecnologia.

A noção de que qualquer um pode ser seu próprio banco e que a abertura e a composição podem superar os jardins murados são exemplos de como o DeFi pode ser percebido como uma inovação radical”, explica Dionysopoulos, em entrevista à Cointelegraph

O adjetivo “radical”, entra em oposição ao conceito de inovação incremental, explica o pesquisador, que muitas vezes é chamada de “sustentável”, por se dar em camadas de mais fácil assimilação e acomodação pelas partes envolvidas. Nessa segunda categoria, Dionysopoulos coloca as Fintechs, por exemplo.

A ideia do relatório é trazer para a mesa os pontos sensíveis e importantes dessa “radicalidade”, no momento em que diversos países e órgãos reguladores financeiros globais discutem a regulamentação possível enquanto a DeFi acontece. 

O relatório estuda as semelhanças e diferenças do DeFi e das finanças tradicionais ou convencionais (CeFi, ou TradFi) em quatro áreas principais: características intrínsecas, diferenças funcionais, diferenças operacionais e cenário regulatório. 

Os pesquisadores apontam o potencial do DeFi para aumentar a segurança, eficiência, transparência, acessibilidade, abertura e interoperabilidade dos serviços financeiros, em comparação com o sistema financeiro tradicional, e sugerem uma regulamentação que aborde a atividade dos diferentes atores do contexto em separado, ao invés de tentar controlar o todo. 

Como em qualquer regulamentação, as medidas devem ser justas, eficientes, eficazes e executáveis. Uma combinação de autorregulação e regulamentação fiscalizada dará origem gradualmente a um DeFi 2.0 mais regulamentado emergindo do atual ecossistema DeFi 1.0 nascente.”, aponta o relatório.

Segundo os pesquisadores, o impacto real das Finanças Descentralizadas na economia real é mínimo por enquanto, e os casos de uso ainda estão artificialmente limitados aos mercados de criptoativos. Mas deixam claro que o ecossistema DeFi é propenso a riscos operacionais, portanto mais esforços devem estar comprometidos com a identificação desses riscos enquanto ainda na nascente.

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Para o seu radar

 Para ler: Philip Blows, CEO da AQRU, uma incubadora especializada em Finanças Descentralizadas, escreve sobre os fatores que favorecem o crescimento da DeFi

 Para assistir: Crypto: The Beginnings of a $100T Industry”, uma master aula de Meltem Demirors, a Chief Strategy Officer da CoinShares, sobre como toda empresa pode se tornar uma empresa de cripto.

 Para refletir: relatório “Primer on DeFi: Risks and Regulations”, da FitchRatings, aprofunda os riscos e vulnerabilidades da DeFi a esquemas, manipulação de mercado e cibercrime.