Expectativa dos “não aposentados” de depender do INSS diminui, mas 90% dos aposentados precisam da previdência pública
Quando questionados de onde virá o dinheiro que os sustentará na aposentadoria, 51% dos “não aposentados” citaram o INSS, segundo a 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, com uma redução de quatro pontos percentuais em relação ao patamar do ano anterior. A pesquisa da ANBIMA em parceria com o Datafolha mostra ainda que 22% disseram que vão depender do próprio salário, 12% mencionaram aplicações financeiras e apenas 6% a previdência privada.
Já entre os aposentados, 90% declararam que dependem da previdência pública para o seu sustento, 4% citaram a renda do seu trabalho e 3% responderam a previdência privada.
“Muitos esperam não depender, mas quase todos acabam precisando do INSS no momento de se aposentar. Por isso, a educação financeira é tão importante, com a organização do orçamento doméstico pensando também no ‘eu do futuro’ para quem tem condições financeiras de se planejar”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA.
Reserva financeira para a aposentadoria
O Raio X do Investidor aponta ainda que, entre os “não aposentados”, 18% começaram uma reserva para a aposentadoria e outros 58% ainda não, mas pretendem. E 24% não começaram e nem pretendem fazê-lo.
Outro dado relevante é que 61% pretendem se aposentar entre os 50 e os 69 anos, patamar semelhante ao do ano anterior (63%). Já outros 6% consideram que só conseguirão se aposentar a partir dos 70 anos, com uma redução de 2 pontos percentuais nessa mesma base de comparação.
Sobre o Raio X do Investidor Brasileiro
Esta é a sexta edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha. As entrevistas aconteceram entre 9 e 29 de novembro de 2022, de forma presencial, com 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Essa iniciativa integra a agenda de educação do ANBIMA em Ação, conjunto de prioridades elencadas para o biênio 2023/2024.