Captações externas de empresas brasileiras atingem US$ 9,05 bilhões
Crescimento no primeiro bimestre foi de 18% em relação ao mesmo período de 2017No primeiro bimestre deste ano, as empresas brasileiras captaram R$ 29,02 bilhões (US$ 9,05 bilhões) no mercado externo, com avanço de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume representa mais do que o dobro dos recursos levantados pelas companhias no ambiente doméstico, que chegaram a R$ 11,6 bilhões no período. As informações foram divulgadas no nosso Boletim de Mercado de Capitais de fevereiro.
Acesse a página dos Boletins de Mercado de Capitais
Leia também o Boletim de Fundos de Investimentos: Multimercados puxam captações dos fundos
Ao todo, já foram doze operações externas neste ano, realizadas por empresas de diferentes setores da economia e pelo Tesouro Nacional. Em fevereiro, foram emitidos R$ 14,9 bilhões (US$ 4,65 bilhões) em bonds (títulos internacionais de dívida), em negócios realizados por seis companhias. “Apesar de ser uma tendência sazonal, pois costumamos ver a concentração de operações com esse perfil no início do ano, os resultados de 2018 já se destacam em relação a 2017”, afirma nosso diretor José Eduardo Laloni. “As previsões de elevação das taxas de juros internacionais e a expectativa de volatilidade no cenário doméstico, por conta das eleições, também podem ter contribuído para a elevação das ofertas”, conclui.
No mercado local, a captação das companhias em fevereiro foi de R$ 5,6 bilhões, com queda de 9% na comparação ao mesmo mês de 2017. As debêntures foram as principais opções das empresas no período, movimentando R$ 3,6 bilhões em seis operações dos setores de saneamento, indústria e comércio, alimentos e bebidas, transporte e logística e assistência médica. Cinco ofertas de Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) levantaram R$ 1,6 bilhão, o maior volume mensal para esse instrumento desde junho de 2015.
Receba nossas publicações. Cadastre-se!
As operações com CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) em fevereiro somaram R$ 390 milhões, R$ 7 milhões e R$ 1 milhão, respectivamente. Os demais instrumentos do mercado de capitais, como ações, notas promissórias e letras financeiras não registraram emissões no mês.