A indústria brasileira de fundos registrou captação líquida de R$ 24,9 bilhões em julho, praticamente o dobro do apurado no mês passado. O valor representa a diferença entre aplicações e resgates em fundos no período. Segundo o Boletim ANBIMA de Fundos de Investimento, no acumulado do ano, os ingressos líquidos somam R$ 145,5 bilhões, com avanço de 138,9% em relação ao apurado entre janeiro e julho de 2016. O valor é recorde para os primeiros sete meses do ano desde 2002, início da série histórica.

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“O crescimento da indústria tem sido fomentado em 2017 pelo investidor pessoa física, tanto no segmento de private banking quanto no de varejo (tradicional e alta renda). Até junho, esses clientes captaram juntos mais de R$ 90 bilhões, na busca por formação de poupança e pela diversificação das aplicações em um cenário de juros em queda”, afirma Carlos Ambrósio, nosso vice-presidente.

Entre as categorias que apresentaram as maiores captações líquidas de julho estão os fundos de Renda Fixa, com R$ 19,8 bilhões, e os Multimercados, que podem investir em diversos ativos, como renda fixa, câmbio e ações, com R$ 3,3 bilhões. Essas classes também lideram os ingressos totais no ano: são R$ 76,3 bilhões na Renda Fixa e R$ 48,6 bilhões nos Multimercados de janeiro a julho, seguidos pela Previdência, com R$ 21,3 bilhões.

Rentabilidade

Os fundos de ações ofereceram os melhores retornos em julho. Os tipos Ações Small Caps e Ações Índice Ativo superaram a variação do Ibovespa (4,8%) no mês passado, com ganhos de 7,66% e 4,98%, respectivamente.

Na Renda Fixa, os fundos com ativos de duração mais longa, que haviam sido impactados pelos eventos políticos de maio, tiveram recuperação em julho e fecharam o mês com as maiores rentabilidades da categoria: 2,97% para o Renda Fixa Duração Alta Soberano e 2,92% para o Renda Fixa Duração Alta Crédito Livre. Entre os Multimercados, o tipo Macro registrou alta de 2,64%.