Cenário externo pressiona câmbio e ajusta preços dos ativos
A indicação de que o FED deve aumentar o ritmo de elevação dos juros norte-americanos afetou as moedas dos mercados emergentes. O Real desvalorizou 4,73% em relação ao dólar em abril, criando dúvidas quanto aos impactos na economia da manutenção da taxa de câmbio em um novo patamar no médio e longo prazo. Entre os dias 19 e 25 de abril, quando ocorreu maior desvalorização do Real – 3,53% - o IMA-B 5+ registrou perda de 0,83% no mesmo período, sugerindo um ambiente de maior aversão ao risco.
Desta forma, os títulos de prazos mais longos sofreram menor valorização ou perdas em relação aos de menor duration. Entre os prefixados, o IRF-M1, que indica a variação dos prefixados com prazo até um ano, avançou 0,51% contra 0,45% dos títulos prefixados de prazos mais longos (IRF-M 1+). Nos títulos indexados ao IPCA. o IMA-B-5, que expressa a carteira das NTN-Bs até cinco anos, variou 0,42%, o maior enquanto os de prazos mais longos, o IMA-B5+, com as NTN-Bs acima de cinco anos, recuaram 0,63% .
Em abril, o destaque foi o IMA-S, que reflete a carteira das LFTs em mercado, índice de menor duration entre os sub-índices do IMA e de reduzida exposição ao risco de mercado, que registrou variação de 0,51%. O IMA-Geral – que expressa a carteira de títulos públicos federais em mercado registrou variação de 0,32% contra 0,96% do mês anterior.
A trajetória da curva soberana dos títulos indexados ao IPCA refletiu na performance das debêntures marcadas a mercado em abril, sobretudo nas carteiras das debentures indexadas ao IPCA e a projetos de infraestrutura, refletidas na variação negativa de 0,18% do IDA IPCA infraestrutura. Mesmo assim este índice manteve a melhor performance do ano, com variação de 4,49%. Da mesma forma que os títulos públicos, o índice de menor duration, o IDA-DI, obteve a melhor performance em abril com retorno de 0,62%. O IDA-Geral registrou variação mensal de 0,37%, acumulando no ano 3,12%.