Mercado de capitais registra recuperação e capta R$ 33,7 bilhões em abril
As emissões de mercado de capitais registraram em abril uma captação de R$ 33,7, bilhões, um aumento de 70,3% em relação ao mês anterior. No ano, o total captado foi de R$ 115,1 bilhões contra R$ 82 bilhões do mesmo período do ano passado, um avanço de 40,4%. As ofertas que estão em andamento e em análise registram volumes esperados de R$ 6,1 bilhões e R$ 5,6 bilhões até o momento, respectivamente.
O aumento das operações no mercado de capitais em abril ocorreu junto com uma mudança no perfil das operações, que vêm ocorrendo em prazos mais curtos. As notas promissórias, papéis de menores maturidades, passaram de R$ 1,5 bilhão em março para R$ 13,1 bilhões em abril. Este montante correspondeu a uma participação de 38,8% do volume total emitido no mês. A maior captação no mês foi das debêntures com R$ 15,6 bilhões (equivalente a 34 operações), que representaram 46,3% do total. A maior emissão foi da Rede D’Or São Luiz no valor de R$ 6,7 bilhões.
No ano, as debêntures registraram captação de R$ 32,4 bilhões contra R$ 43,6 bilhões do mesmo período de 2019, uma queda de 25,6%. Os maiores subscritores de ofertas públicas vêm sendo os intermediários e participantes ligados à oferta que adquiriram a maior parte do volume emitido – 86,1% do total –, seguidos dos fundos de investimento, que detiveram uma parcela de 9,2%. O prazo médio de colocação foi de 5,9 anos contra 5,3 anos das emissões registrados no mesmo período de 2019. Destes recursos, 36,9% foram direcionados para o capital de giro, seguidos do refinanciamento do passivo das empresas (incluindo a recompra ou resgate de debêntures de emissão anterior) com 25,9% do montante captado.
Pela primeira vez em 2020, não houve operações de renda variável, seja de ofertas públicas, seja de ofertas subsequentes de ações (follow-on). No ano, essas operações representam 27,1% do total colocado, correspondente a R$ 31,2 bilhões, sendo 87,3% desse montante operações de follow-on.