Até setembro de 2018, os anúncios de fusões e aquisições, envolvendo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias, somaram R$ 121,4 bilhões, um avanço de 26,0 % em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto este volume correspondeu a apenas 68 anúncios contra 99 ocorridos até o terceiro trimestre de 2017.

 

Em relação ao volume financeiro, foi registrada uma concentração das operações em poucos setores, nos quais apenas três segmentos representaram 67,5% do total. O setor de papel e celulose foi responsável por 39,3% dos recursos no semestre, seguido de TI e Telecomunicações (15,5%) e Alimentos e Bebidas (12,7%). Entretanto estes setores se caracterizaram pela concentração em poucas operações, correspondendo apenas ao total de sete negócios.

 

Os anúncios entre empresas brasileiras representaram 49,7% do volume, um aumento considerável em relação ao mesmo período do ano passado quando esta parcela era de 37,5% do total. Já a aquisição de empresas estrangeiras comprando de brasileiras representou 45,0% do volume total.

O pagamento em dinheiro continuou sendo o meio predominante na liquidação das operações com 74,4% do total (79,2% no mesmo período do ano passado), seguido da assunção de dívidas com 20,7% e ações com 4,9%.

 

A participação dos private equities nas operações de fusões e aquisições mostrou elevação no período - 23,5% contra 12,2% em 2017-  correspondendo a 14 operações contra 12 do ano passado. Entretanto o volume de desinvestimento foi superior ao do investimento - R$ 6,4 bilhões contra R$ 2,0 bilhões, invertendo até o momento a tendência observada nos últimos anos.

 

Entre as finalidades dos negócios, as aquisições de controle foram responsáveis por 52,7% do montante total, correspondendo a 52 operações. No mesmo período de 2017, estas operações responderam por 82% do volume total, com 72 negócios. No período houve apenas uma operação de incorporação (R$ 47,7 bilhões), que correspondeu à 39,3% do volume total.