Negócios com fusões e aquisições avançam 54,0% no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2018, os anúncios de fusões e aquisições, envolvendo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias, totalizaram R$ 84,0 bilhões, nos quais R$ 62,2 ocorreram no primeiro trimestre e R$ 21,8 bilhões no segundo trimestre. Na comparação com o volume do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 54,8%. No total, foram apenas 43 anúncios contra 70 do primeiro semestre de 2017.
Em volume financeiro, foi registrada uma grande concentração de operações. O setor de papel e celulose respondeu por 56,7% dos recursos do semestre, seguido pelo de energia elétrica, que movimentou 9,3%, e Educação e Alimentos e Bebidas com, respectivamente, 7,7% e 7,1%. Na avaliação por número de operações houve uma melhor distribuição entre os setores, com a liderança do segmento de Educação e Indústria e Comércio, que responderam cada um por 11,6% das operações. O setor de papel e celulose, o de maior volume financeiro, correspondeu à 4,7% do total de operações.
Em relação ao perfil dos negócios, 69,7% do volume financeiros dos anúncios no primeiro semestre foi entre empresas brasileiras, o que corresponde à 48,8% do total das operações. A aquisição de empresas estrangeiras comprando de empresas brasileiras representou 22,8% do volume total.
A maior parte dos anúncios foi concentrada em duas faixas de renda – de R$ 20 milhões à R$ 99 milhões (faixa mais baixa de valores), com 23,3%, e entre R$ 100 milhões à R$ 499 milhões, com 25,6%. O pagamento em dinheiro representou 76,2% da liquidação das operações (68,4% no primeiro semestre do ano passado), seguido da assunção de dívidas com 16,7% contra 16,5% registrado no mesmo período de 2017. A despeito do menor número total de operações – 10 contra 11 cursadas no primeiro semestre de 2017, a participação dos private equities nas operações de fusões e aquisições mostrou elevação no período (23,3% contra 15,7% em 2017).
Entre as finalidades dos negócios, as incorporações respondem por 57,0% do montante total, porém com apenas uma operação. No ano anterior, esta parcela foi de 24,1%. As aquisições de controle, com maior número de operações, correspondem à 40,0% do volume contra 70,0% do primeiro semestre de 2017.