Em fevereiro de 2022, a indústria de fundos encerrou com captação líquida negativa de R$ 810,1 milhões. No mês anterior esse saldo era positivo (R$ 2,3 bilhões). Com isso, a captação do segmento se reduziu para R$ 1,5 bilhão neste ano.

Houve entrada líquida no mês das classes dos fundos de renda fixa, cambial (R$ 768,5 milhões), FIP (R$ 280,2 milhões) e FIDC (R$ 221,1 milhões). A renda fixa, que comporta 38% do total do PL da indústria, continua como destaque com R$ 27,8 bilhões em aporte líquido, o que fez sua captação no bimestre alcançar 64,1 bilhões, ligeiramente superior aos R$ 49,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Entre as suas subcategorias, os fundos de renda fixa classificados como duração livre grau de investimento e duração baixa somaram uma entrada de R$ 24,4 bilhões.

A percepção de maior conservadorismo por parte do investidor é reforçada pelo resultado positivo dos fundos de renda fixa e, também, pelo balanço de captação desfavorável dos fundos de ações (R$ 10,9 bilhões) e dos multimercados (R$ 18,1 bilhões) em fevereiro, que juntos apresentaram saldo negativo de aproximadamente R$ 29 bilhões. No ano, os dois segmentos também vêm registrando déficits: de R$ 21 bilhões dos fundos de ações e R$ 37,7 bilhões dos multimercados. Entre os tipos de fundos, em fevereiro, aqueles denominados ações livre e multimercados livre lideraram a saída de recursos, com 4,7 bilhões e 9,2 bilhões, respectivamente.

Em relação às rentabilidades, entre os tipos da classe renda fixa, o maior retorno foi do tipo duração alta grau de investimento, que registrou 1,12% no mês. No grupo da classe ações, a principal desvalorização veio das Small Caps, com 3,81%. Por último, nos multimercados, a menor rentabilidade foi do tipo investimento no exterior, que variou negativamente em 0,64%.