Volume de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2018 é o maior para o período em oito anos
Os anúncios de negócios envolvendo fusões e aquisições atingiram volume de R$ 84 bilhões no primeiro semestre deste ano. O total é o maior para o período desde 2010, de acordo com as estatísticas da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgadas hoje. Até junho de 2018 foram realizadas 43 operações, incluindo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias.
“Vimos um início de ano bastante aquecido, pautado por um contexto de recuperação econômica. Isso permitiu que o volume das transações realizadas se sobressaísse aos registrados nos mesmos períodos dos anos anteriores”, afirma Dimas Megna, coordenador do subcomitê de Fusões e Aquisições da ANBIMA.
Entre as principais operações realizadas no primeiro semestre, a aquisição da Fibria pela Suzano Papel e Celulose se destacou como a maior dos últimos dez anos e movimentou R$ 47,7 bilhões. A transação também puxou o resultado do setor de papel e celulose, que representou 56,7% do total no período. Na sequência, dois negócios em energia elétrica levantaram R$ 7,8 bilhões (9,3% de todo o volume). Com participações de 7,7% e de 7,1%, os segmentos de educação e alimentos e bebidas movimentaram R$ 6,5 bilhões (cinco negócios) e R$ 5,9 bilhões (quatro negócios), respectivamente.
Metade das operações (48,8%) que ocorreram entre janeiro e junho de 2018 foram realizadas entre empresas brasileiras. Essas transações movimentaram R$ 58,6 bilhões, o que representa 69,7% do volume total do período. Os negócios que envolveram a compra de companhias controladas por empresas brasileiras por estrangeiras levantaram R$ 19,2 bilhões (22,8% do total), com destaque às empresas europeias, cuja participação nesse montante foi de 77,3%, seguidas pelas norte-americanas, com 16,3% e pelas asiáticas, com 6,5%.
Quanto às finalidades dos negócios, o movimento de incorporação representou 56,7% do volume total do primeiro semestre, impactado pela operação da Suzano. A aquisição de controle teve participação de 40,1% e as fusões e aquisições destinadas à compra de participação minoritária responderam por 3,2%.
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